Para a bela que é ela

Amo-te!

Não porque és bela...

que belas são as rosas,

mas têm espinhos.

Amo-te!

Porque és pura, e simples e delicada,

Porque és uma flor,

Amo-te muito,

Meu amor!

Deste teu eterno apaixonado,

Manuel

Para ti

Se puderes, fala-me ao ouvido,
Melhor ainda seria se pudesses cantar…

Baixinho e com voz de passarinho,
Não vá meu coração por ti estoirar.

Se puderes, ama-me gentilmente,
Como eu creio que só tu podes amar,
Se for verdade aquilo que julgo eu saber
Sei que o melhor nos irá acontecer,
Meu coração assim mo diz,
Que eu vou, enfim,
Contigo ser feliz!

Manuel

Como um peixe, navego sobre o teu corpo,

que é um rio...

e o rio alonga-se nas margens com anseios de te ter...

Sinto o calor dos teus beijos...

Saudades de te olhar,

sinto saudades do teu mar,

das rochas que me lembram os teus seios

quais pequenas ilhas onde encontro

porto de abrigo.

Depois, contigo,

subo ao vulcão.

Já não me interessa se ateaste essa fogueira por desmazelo,

já não me interessa saber porquê,

porque eu sei

que vou-te amar...

por toda a minha vida...

eu vou te amar

e em cada despedida,

vou chorar...

Ai!

Quem me dera que fosse ela,

A bela que trago no coração...

Ai!

Quem me dera que a bela

fosse pássaro, fosse rio, fosse canção...

mas a bela, não é ela...

ela é só uma ilusão...

Hoje recebi esta foto de um amigo do Brasil, em casa de quem estive nos últimos meses.

Ó Amigo, fizeste bem em lembrar-me que vou ficar

uma sombra do que fui...

É para me ir acostumando...não é?

Um abraço,

Manel

Hoje sinto-me uma árvore.

Uma árvore sem folhas, com o tronco carcomido

mas ainda capaz de oferecer alguma segurança

àqueles que passam e querem descansar um pouco

apesar de já ter passado o tempo...

Hoje sinto-me uma árvore capaz de dar e receber lições

porque já deixou de se importar com o Hoje!

Agora o que a preocupa é o Amanhã; porque os amanhãs podem já ser curtos

e é preciso aproveitar a seiva que ainda me resta

para viver decentemente como uma árvore que se preza

e que quer morrer "de pé"!

Depois deste arrazoado todo, ainda continuo a sentir

que sou uma boa árvore...